REFLEXÕES SOBRE O PARKINSON
O Parkinson não é “coisa de velhos”.
Apesar da maioria dos casos surgir em pessoas com mais de 65 anos, mais de 10% dos parkinsonianos apresentam Parkinson de início precoce, ou seja, a partir dos 50 anos.
A causa é desconhecida.
O Parkinson está associado à redução da dopamina no cérebro, no entanto não se sabe o que causa essa diminuição. Fatores ambientais e sociais e a sua interação com outras variáveis, como genes, níveis hormonais, efeitos da gravidez e diferentes profissões ou exposições ambientais contribuem para o seu aparecimento.
O diagnóstico é um desafio.
Atualmente ainda não existe um teste que nos permita diagnosticar a doença, à exceção de testes genéticos específicos, úteis numa minoria. Portanto o diagnóstico baseia-se fundamentalmente nos sintomas clínicos motores.
A atividade física é fundamental.
Diversos estudos mostram que pacientes que praticam algum exercício com regularidade conseguem mais facilmente realizar as suas tarefas do dia a dia e por mais tempo.
O stress pode agravar os sintomas.
Tentar esconder a doença ou disfarçar os sintomas podem gerar graus de stress e piorar a sua condição. Enfrentar a doença de frente e contornando todos os obstáculos é o melhor, encontre o seu equilíbrio e faça algo que lhe dê prazer.
A depressão atinge metade dos pacientes.
Quadros de ansiedade e depressão são comuns nestes utentes. A depressão leve ao isolamento e esta é uma alteração não motora mais comum.
Pode causar perda cognitiva.
A lentidão do pensamento, declínio da atenção e da função de executar tarefas e alterações de memória estão entre as principais dificuldades. Deste modo, treinar o cérebro é muito importante para a manutenção da função cognitiva.
A vida de um parkinsoniano é produtiva.
Nos primeiros estádios do Parkinson, o paciente consegue manter total autonomia. Com o passar do tempo é possível continuar ativos, mas com alguns ajustes e adaptações. É importante ressaltar que as terapias de reabilitação garantem ao paciente segurança, independência e bem-estar durante mais tempo.
Com o conhecimento dos sintomas e problemas mais comuns é possível garantir autonomia e independência por mais tempo e combater a progressão da doença.