A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NOS DOENTES COM ALZHEIMER
Ainda sobre o Dia mundial da Doença de Alzheimer que se assinalou no inicio desta semana.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando cerca de 50 a 70% de todos os casos. Esta doença é classificada como um transtorno mental e comportamental e caracteriza-se por um declínio progressivo das funções cognitivas.
São vários os fatores de risco associados ao desenvolvimento de demência, entre os quais se destacam:
Idade
Sexo
Genética
Ocorrência de traumatismo crânio encefálico
Nível de escolaridade
Presença de doenças cardiovasculares
Diabetes mellitus tipo 2
Inatividade física
Malnutrição
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO
Um estilo de vida saudável, que inclua um bom estado nutricional ao longo do ciclo de vida, assume um importante papel na prevenção e progressão da doença.
No que diz respeito à alimentação, existe evidência de que o sofresse oxidative, as vitaminas relacionadas com o metabolismo da homocisteína, as gorduras e o álcool têm um papel na patogénese da doença de Alzheimer.
Os ácidos gordos ómega 3 e micronutrientes como as vitaminas do complexo B, vitaminas E, C e D assumem um efeito positivo sobre os neurónios. A síntese de alguns compostos do Sistema Nervoso Central, como a dopamina e noradrenalina, são dependentes das vitaminas B2, B6, B12, nicotinamida, ácido fólico e vitamina C. A deficiência destes micronutrientes acelera a deterioração dos neurónios, causando potencialmente o declínio da função do cérebro com o envelhecimento.
Quando a doença de Alzheimer já se encontra instalada, os níveis e aporte de micronutrientes e ácidos gordos essenciais podem estar comprometidos ao longo da progressão da doença. Os doentes com Alzheimer tendem a apresentar deficiências em vários nutrientes, nomeadamente de vitaminas A, C, E, D, K, ácido fólico, B12, B6, selénio, e ácidos gordos ómega 3.
Contudo, não existe evidência científica suficiente que suporte a recomendação de suplementação específica de antioxidantes na prevenção e tratamento da doença de Alzheimer. O objetivo passa por tentar assegurar o aporte das doses diárias de ingestão recomendadas destes nutrientes, preferencialmente através da alimentação.
RECOMENDAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Minimizar a ingestão de gordura saturada e trans;
Garantir o consumo de hortícolas, leguminosas, fruta e cereais integrais;
Moderar o consumo de laticínios e produtos de origem animal;
Preferir o aporte alimentar de vitamina E, ao invés de suplementos;
Garantir que as fontes de vitamina B12 fornecem, pelo menos, as doses de ingestão diárias recomendadas;
Em caso de toma de um multivitamínico, optar por aqueles que não contenham ferro ou cobre;
Utilizar apenas suplementos de ferro quanto prescritos pelo médico;
Minimizar a exposição ao alumínio, embora o seu papel permaneça em investigação;
Incluir exercício aeróbico na rotina, por exemplo 40 minutos de caminhada rápida, 3 vezes por semana;
Providenciar, aproximadamente, 7 a 8 horas de sono por noite para a maioria dos indivíduos;
Promover atividades mentais, por exemplo 30 minutos por dia, 4 a 5 vezes por semana.