Esgotámos os recursos naturais para 2018, e agora?
Como já devem ter ouvido falar esgotámos os recursos naturais para 2018.
Neste sentido, o tema que trago hoje para discussão é a alimentação sustentável.
A produção alimentar, nomeadamente a criação de gado é responsável por emitir mais gases que os transportes públicos e individuais, tendo um impacto considerável nas alterações ambientais atuais (climáticas, degradação do solo, poluição da água, destruição da camada de ozono, entre outros).
O sector agrícola por si só é responsável por 13% da emissão global de gases com efeito de estufa, sendo a produção de carne de vaca e de leite as principais responsáveis pelas emissões (metano) resultante da digestão dos animais ruminantes e da decomposição do estrume animal.
Igualmente, a criação de gado está relacionada com a desflorestação e da destruição da floresta da Amazónia.
Por outro lado temos o desperdício alimentar. Anualmente são produzidos 263 milhões de toneladas de carne , 20% dos quais vão para o lixo. Simultaneamente 900 milhões de pessoas no mundo passam fome e 1,9 mil milhões têm excesso de peso ou obesidade.
Anualmente estes dados voltam a discussão pública e mesmo assim não estamos a conseguir fazer esforços suficientes.
Desta forma, deixo aqui algumas dicas para que possamos contribuir para minimizar a nossa pegada ecológica através de melhores escolhas alimentares:
Utilizar alimentos da época, que possuem características nutricionais e organoléticas melhores, não necessitando tanto transporte nem conservação, minimizando o efeito de estufa e ajudando na promoção da economia local.
Incluir produtos de origem vegetal nas refeições (cereais integrais, leguminosas, sementes, hortícolas, legumes e fruta)
Ocupar pelo menos metade ou mais de metade do prato com produtos de origem vegetal - e uma minoria por produtos de origem animal.
Reutilizar as embalagens e/ou preferir produtos frescos não embalados.
Prefira embalagens familiares a individuais;
Ir às compras sempre com listas, comprando apenas o essencial;
Cozinhar porções menores (apenas o necessário) para que não hajam sobras;
Preferir comprar produtos locais e sazonais e a produtores locais;
Escolha fruta feia;
Cozinhar com panelas de pressão (mais rápidas e económicas em termos de gasto de energia) e use apenas o forno em ocasiões especiais (o que consome mais energia).
Sejam amigos do ambiente e de vocês mesmos!
Jéssica Pinheiro, Nutricionista